Política

Senado recebe Mauro Vieira para debater asilo a ex-primeira-dama peruana

Chanceler Mauro Vieira será ouvido pelo Senado sobre asilo a Nadine Heredia e situação de venezuelanos

Audiência no Senado

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participará de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado nesta terça-feira (20). A ida do chanceler tem como foco esclarecer “episódios recentes de grande repercussão internacional”, entre os quais se destaca o asilo concedido à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, e a saída de venezuelanos da embaixada da Argentina em Caracas.

Importância da audiência

Em nota, o presidente da comissão, senador Nelsinho Trad, ressaltou a importância da transparência nas decisões diplomáticas. "Nosso papel é ouvir, esclarecer e fortalecer o diálogo entre o Legislativo e o Itamaraty, sempre com foco no interesse nacional e no respeito aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil", afirmou Trad.

Caso Nadine Heredia

Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, foi condenada a 15 anos de prisão, assim como seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, por irregularidades envolvendo empreiteiras durante o governo. O governo brasileiro justifica o asilo concedido a Heredia como uma medida humanitária, com base em uma convenção dos anos 1950. Em entrevista à GloboNews, Mauro Vieira enfatizou que a decisão foi motivada pelo estado de saúde da ex-primeira-dama e pela necessidade de proteger seu filho de 14 anos, que ficaria desamparado com o pai preso.

Situação dos venezuelanos em Caracas

Outro ponto debatido na audiência será a saída de venezuelanos opositores ao regime de Nicolás Maduro da embaixada da Argentina em Caracas. A operação, que foi organizada pelo governo dos Estados Unidos, ocorreu sem que o Itamaraty fosse informado previamente. A embaixada argentina se encontra sob custódia brasileira, já que a Argentina, assim como outros países, não reconheceu a vitória de Maduro nas eleições de 2024, culminando na expulsão dos diplomatas argentinos.

De acordo com o governo brasileiro, existia uma tentativa de negociação com Maduro para que os opositores fossem reconhecidos como asilados, garantindo um salvo-conduto para sua saída segura do país. No entanto, as negociações não avançaram.

Com informações de: GloboNews.

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