PT Responsabiliza Bolsonaro por Fraudes no INSS em Nova Campanha
Uma nova série de vídeos divulgada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nas redes sociais atribui ao ex-presidente Jair Bolsonaro as fraudes ocorridas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A campanha, intitulada "Verdade sobre o INSS", foca em irregularidades que, segundo o partido, aconteceram durante a gestão anterior, e ressalta as medidas adotadas pelo atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva para corrigir esses problemas.
Foco nas Irregularidades do Governo Anterior
O PT afirma que a intenção da campanha é "evidenciar o empenho do governo atual no combate a essas fraudes e na defesa dos direitos dos aposentados". Na primeira parte dos vídeos, alega-se que um esquema criminoso levou ao congelamento dos benefícios do INSS durante a administração de Bolsonaro. O partido destaca que o governo Lula está comprometido em restabelecer esses pagamentos e garantir os direitos dos aposentados.
No segundo episódio, a temática se volta para os descontos indevidos que supostamente começaram durante a gestão Bolsonaro, que permitiram que associações realizassem cobranças diretamente na folha de pagamento dos beneficiários.
No terceiro vídeo, o PT argumenta que as fraudes no INSS aumentaram significativamente durante o mandato de Bolsonaro e que não foram tomadas medidas eficazes para mitigar essas práticas. Já no quarto episódio, a legenda petista alega que houve conivência de gestores do INSS com as irregularidades, o que teria agravado a situação.
Debates Acirrados em Torno de Desvios
A proposta de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os desvios no INSS tem gerado debates intensos nas redes sociais. O foco é a regulamentação que permitiu os descontos diretos nas aposentadorias, utilizada ilegalmente para desviar recursos.
Aliados de Bolsonaro, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), acusam o governo Lula de envolvimento no esquema, enquanto a base do atual governo aponta que as brechas foram abertas durante a gestão anterior. Embora exista uma troca de acusações, o Congresso, com o apoio da esquerda, alterou Medidas Provisórias de Bolsonaro, derrubando trechos que ampliaram prazos para os descontos, enfraquecendo os controles.
As controvérsias começaram em 2019, com a Medida Provisória 871, que exigia a revalidação anual de descontos associativos. A oposição, liderada por Carlos Veras (PT-SP), buscou eliminar ou adiar essa exigência. Em 2023, a Contag, que recebeu R$ 426 milhões, virou alvo da Polícia Federal na Operação Sem Desconto.
Outro ponto de discórdia foi a proposta de retirar os sindicatos da comprovação da atividade rural. A MP previa o fim dessa prerrogativa, mas a oposição apresentou diversas emendas para manter o modelo antigo ou postergar mudanças.
Com informações de: Revista Oeste.