iFood Aumenta Taxa Mínima de Entregas e Amplia Seguro Social

O iFood anunciou nesta terça-feira (29) um reajuste de até 15% nas taxas mínimas pagas aos entregadores. As novas tarifas entrarão em vigor a partir de 1º de junho.

Novas Tarifas para Entregas

De acordo com a nova política, entregadores que utilizam carros ou motos passarão a receber R$ 7,50 por entrega, um aumento de 15,4% em relação aos atuais R$ 6,50. Já os que utilizam bicicletas receberão R$ 7,00, um acréscimo de 7,7%.

As mudanças ocorrem em meio a protestos da categoria, que reivindica uma taxa mínima de R$ 10, considerando os novos valores abaixo do esperado.

Alterações no Seguro Social

Além do reajuste, a plataforma também anunciou melhorias no seguro social. A Diária de Incapacidade Temporária (DIT) será ampliada de 7 para 30 dias. A indenização por morte ou invalidez total também subirá, passando de R$ 100 mil para R$ 120 mil. Essas alterações visam oferecer uma maior proteção aos trabalhadores.

Reajuste Abaixo da Inflação

Johnny Borges, diretor de impacto social do iFood, destacou que o aumento nas taxas está acima da inflação de 4,83% deste ano, segundo o INPC. Desde 2021, a taxa mínima evoluiu de R$ 5,31 para R$ 7,50, totalizando um crescimento de 41,2%.

Contudo, as reivindicações dos entregadores ainda não foram totalmente atendidas. A categoria também busca um aumento no valor por quilômetro rodado, atualmente fixado em R$ 1,50, com uma proposta de elevação para R$ 2,50.

Reivindicações da Categoria

Os entregadores têm protestado por melhores condições de trabalho. Entre suas principais demandas estão:

• Taxa mínima de R$ 10 por corrida de até 4 km.
• Aumento do valor pago por quilômetro rodado.
• Limitação das entregas de bicicleta a um raio máximo de 3 km.
• Pagamento integral por cada pedido, mesmo em entregas agrupadas.
• Criação de bases de apoio para descanso e alimentação.

As manifestações visam chamar a atenção para a precarização das condições de trabalho e a falta de garantias trabalhistas.

Diferenças nas Novas Taxas

Borges também explicou a diferenciação nas novas taxas, argumentando que os custos de operação para motoristas de carro e moto são significativamente maiores do que para ciclistas, que frequentemente realizam rotas mais curtas.

Impacto ao Cliente

A empresa garantiu que o aumento nas taxas não impactará o preço final para os clientes ou os restaurante parceiros. A tentativa é manter um equilíbrio no ecossistema do delivery, evitando um desequilíbrio na oferta e demanda que poderia afetar tanto consumidores quanto entregadores.

Com informações de: G1.