Amazon Lança Seus Primeiros Satélites do Projeto Kuiper
Missão Kuiper Atlas 1 Inicia Disputa Com Starlink
Na noite de segunda-feira (28), por volta das 20h (horário de Brasília), a Amazon deu um passo significativo em direção à concorrência com a Starlink, rede de internet via satélite da SpaceX. A missão, denominada Kuiper Atlas 1, decolou da estação espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, transportando 27 satélites que marcarão o início das operações do Projeto Kuiper.
Detalhes do Lançamento
Os satélites foram acoplados a um foguete Atlas V, desenvolvido pela United Launch Alliance (ULA), uma joint venture entre as empresas Boeing e Lockheed Martin. Essa etapa é crucial para a Amazon, que pretende expandir o acesso à internet globalmente.
Desafios e Perspectivas
O Projeto Kuiper, que é uma subsidiária da Amazon, chega ao mercado com anos de atraso em relação à Starlink, que já possui mais de 6.750 satélites ativos e atende a mais de cinco milhões de clientes. Desde 2019, a Starlink vem ampliando sua abrangência, oferecendo conectividade em regiões afetadas por guerras e desastres naturais, como na Ucrânia e no Marrocos.
Jeff Bezos, fundador da Amazon, destinou cerca de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 56,7 bilhões) ao Projeto Kuiper. O plano é colocar cerca de 3.200 satélites em órbita terrestre baixa, com altitude de até 1.900 km, e iniciar a operação do serviço até o final de 2025. Embora o preço ainda não tenha sido revelado, a Amazon promete um serviço de baixo custo.
Futuras Lançamentos e Preocupações Orbital
Para acelerar o processo, a empresa já reservou mais de 80 lançamentos com a United Launch Alliance, além de parcerias com a Arianespace, a Blue Origin (também de Bezos) e a própria SpaceX.
Com o aumento da quantidade de satélites no espaço, incluindo a Starlink, a europeia OneWeb e a chinesa Guowang, surgem crescentes preocupações sobre congestionamento orbital, potencial para colisões e interferências nas observações astronômicas.
Conclusão
A ação da Amazon representa um grande movimento no setor de tecnologia espacial, visando democratizar o acesso à internet. A esperança é que, com a entrada da gigante do e-commerce, a competição melhore ainda mais os serviços disponibilizados aos consumidores.
Com informações de: G1.
